4 formas de lidar com o aumento de preço do Xbox Game Pass

Veja quatro formas incríveis de lidar com o aumento obsceno nos preços do serviço por assinatura da Xbox.

Ontem, primeiro de outubro de 2025, foi um dia histórico para a comunidade gamer, especialmente para jogadores que utilizam a plataforma Xbox da Microsoft. De supetão, o serviço por assinatura Game Pass, considerado carro-chefe da plataforma passou por uma revisão e ajustes no preço que chegam a duplicar o valor pago anteriormente pelos usuários.

O aumento absurdo gerou revolta entre os jogadores e desencadeou uma vasta onda de cancelamentos das assinaturas do serviço (cuja página de cancelamento chegou a cair por breves períodos, tamanha a movimentação dos usuários), memes ironizando a situação e até mesmo aqueles que não utilizam a plataforma Xbox se engajaram no tema, seja para tirar sarro de usuários de Xbox ou para apoia-los.

A indignação parece justa, ainda mais para os jogadores brasileiros, que deverão desembolsar um salário mínimo líquido por ano, caso queiram manter a assinatura do plano completo.

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Entenda o que mudou

A revisão do serviço não apenas reformulou os planos disponíveis, mas também criou um novo plano intermediário.

Anteriormente, haviam os seguintes planos: Game Pass Core (R$34,90/mês), Standard (R$44,99/mês), Ultimate (R$59,90/mês) e também o PC Game Pass (R$29,90/mês). 

Os planos Core e Standard eram direcionados principalmente a jogadores que possuíam consoles da linha Xbox, enquanto o plano para PC, obviamente, era destinado àqueles que preferem jogar pelo computador. 

Já o plano Ultimate dava acesso aos benefícios de todos os planos, enquanto também garantia o serviço de Cloud Gaming que ainda estava em beta e permite aos jogadores acessarem a biblioteca de jogos do serviço sem um console ou PC (apesar de ser acessível destes também), através de um navegador ou do aplicativo próprio da marca para TVs e celulares.

Com as mudanças impostas no primeiro de Outubro, os planos Core e Standard foram extintos, enquanto o plano para PC foi escondido na página de assinaturas. Em vez de Core e Standard, agora temos Essential (R$43,90/mês), Premium (R$59,90/mês), PC (R$69,90/mês) e a cereja do bolo: Ultimate, pela bagatela de R$119,90 ao mês.

A principal diferença entre os planos anteriores e os novos é a inclusão do serviço de Cloud Gaming até mesmo na assinatura mais básica, ficando de fora apenas do plano PC. Além disto, agora é possível recolher pontinhos do Microsoft Rewards jogando dentro de todos os planos (anteriormente, a assinatura mais básica não permitia acesso).

O catálogo de jogos do plano básico também foi expandido, mas continua reduzido em relação aos demais planos. Enquanto o plano Premium garante prioridade nas filas do serviço de cloud gaming e acesso a biblioteca completa do Game Pass, entretanto, sem acesso a jogos no dia do lançamento

Já os planos Ultimate e PC, garantem acesso aos jogos 75 jogos anuais disponíveis já no dia do lançamento. O plano para PC, todavia, não garante acesso ao serviço de cloud gaming, e também não dá acesso ao Ubisoft+ Classics, coisas que o plano Ultimate garante.

Estas mudanças abruptas e tão substanciais atingiram em cheio diversos jogadores, que viam no Xbox Game Pass o melhor custo-benefício para suas jogatinas. 

Por isto, elenquei 4 formas de lidar com o aumento de preços dos planos do serviço:

1 - #Chateado (fatalista)

Esta forma de lidar parece ser bastante popular entre os usuários mais conectados à plataforma Xbox, provando que, em algum grau, a empreitada ousada e fria da Microsoft na revisão do serviço não foi inconsequente, mas sim um sucesso.

Esta maneira de lidar consiste em reclamar nas redes sociais, tentando apelar para o senso moral de uma empresa multibilionária estrangeira — mas sem menciona-la diretamente, isto é importante — enquanto mantém a assinatura no plano mais caro, pois "ainda está compensando".

Também pode envolver uma foto da assinatura cancelada, um texto dizendo que a Xbox morreu e também que irá vender seu console Xbox e comprar um Playstation — mas na verdade sua assinatura segue ativa e seu console ligado.

2 - Alterar o plano da assinatura (sensato?)

Essa talvez seja a mais sensata para os jogadores que possuem um console Xbox em casa: simplesmente alterar o plano da assinatura para o mais básico e jogar os jogos comprados, ou passar a comprá-los (ou ainda voltar a comprá-los, caso tenha conseguido parar).

Para alguns usuários que jogavam apenas pelo Cloud Gaming, agora também é possível reduzir para o plano mais básico, que permite que jogos comprados (os compatíveis), seja utilizados através da nuvem, além do catálogo reduzido disponível.

Infelizmente para jogadores de PC, restou apenas engolir a pílula de R$59,90 que os jogadores de console já engoliam, pelo menos ainda têm os jogos no primeiro dia. Ou abandonar o serviço e aproveitar apenas os ótimos descontos da Steam e a absurda quantidade de jogos exclusivos para PC.

3 - Zoar o coleguinha (discórdia)

O mais divertido para os chatos de plantão. Aproveitar a situação para promover flame war contra caixistas (que também podem ser chatos de plantão).

Também pode envolver uma foto da assinatura cancelada, um texto dizendo que a Xbox morreu e também que irá vender seu console Xbox e comprar um Playstation — mas na verdade você sempre teve um outro console (não necessariamente um Playstation) e nunca utilizou o serviço.

4 - Trocar de plataforma (sensato)

Opção reservada apenas àqueles com condições para tal. Envolve se desfazer do console Xbox da forma mais cômoda possível. O principal trunfo da plataforma para você realmente era o serviço por assinatura e o custo-benefício oferecido, e os jogos no dia do lançamento eram um fator determinante para você.

Você também se interessou por Ghost of Yotei, Death Stranding 2, Donkey Kong Bananza, Zelda Tears of the Kingdom e tantos outros títulos e até mesmo possibilidades escusas de jogar em outras plataformas, e agora com a gota d'água, encontrou a força para dar esse passo. É, de certa forma, libertador e alegre.

Por quê, Microsoft Xbox, por quê?

A verdade é que essas mudanças devem chacoalhar um pouco a plataforma, o pior é que talvez funcionem para a companhia que as empregou. Mais provável do que ver qualquer redução de preço por estas bandas, é ver que a marca ainda assim não morrerá, e pior ainda: crescerá. 

Em um palpite ousado, eu diria que a estratégia da tão chamada "mãecrosoft" possa ser, ironicamente, a de tirar seus filhos de casa e cobra-los sempre para que voltem a visita-la quando ela preparar um almoço bem gostoso.

Como um usuário de Xbox, seguirei meu próprio conselho, o segundo, para ser mais exato: alterar o plano da assinatura. Uma biblioteca gigantesca de jogos comprados me segura, o costume de coletar pontos do Microsoft Rewards e a comodidade me manterão com a plataforma, mas um baque desses com certeza fez até o fanboy mais fervoroso repensar sua lealdade.

O maior medo agora, com certeza, é o de descobrir que este movimento se tratou não de algo isolado mas sim de uma antecipação da Microsoft em relação às demais gigantes dos games, que podem seguir um caminho parecido na entrosobada monetária futuramente. Devemos ter esta confirmação apenas depois do lançamento de GTA VI. Afinal de contas, se os jogos realmente começarem a custar R$700, o valor do serviço passará a ser repensado pelo público.

Por estas e outras, com certeza vale a pena ficar de olho nos próximos movimentos das gigantes da indústria, principalmente da própria Microsoft, que parece estar na iminência de anunciar um novo console, este que, caso se concretizem os rumores, talvez se trate de uma plataforma diferente baseada em Windows, o que potencialmente ressignificaria os novos planos do Game Pass.

6 Comentários

  1. Complicado mesmo esses aumentos, mas é de se pensar também. As vezes nos apegamos apenas ao aumento de preço ou a sede de lucro das empresas, que em tese sempre será verdade. Porém não podemos ignorar as medidas econômicas, e a desvalorização do real. Ou seja, mesmo sendo absurdo o aumento, e o nível de aumento, em um país como o nosso é o natural não? Uma moeda que desde o lançamento já se desvalorizou mais de 70%. Desconsiderando a inflação dos itens/serviços. Ótimo texto parabéns.

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  2. CHORA MAIS CAIXISTA KKKKKKKK

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  3. Ótimo texto, muito bem escrito parabéns sz

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